A confusão no FMI - o que acha Miriam Leitão
Confusão no FMI - Dominique Strauss Kahn, ex-número 1 do FMI, foi preso no sábado acusado de ataque sexual a uma camareira de um hotel em Nova York. Foi o asssunto da semana. Não apenas pelos desdobramentos da prisão, detalhes divulgados, fiança negada, depois aceita, mas com a condição de ele usar uma tornozeleira eletrônica.
A queda detonou uma briga diplomática. O acordo informal que deu à Europa o monopólio do cargo de diretor-gerente foi há mais de 60 anos. O mundo mudou, outros países ficaram mais importantes, os Estados Unidos perderam peso relativo no PIB Global, veio o G-20 em vez do G-7. Enfim, estava mais do que na hora de que a pessoa escolhida para dirigir o Fundo Monetário o fosse por mérito, e não por local de nascimento.
Mas a Europa, que precisa do FMI nesse momento por causa da crise da dívida em alguns países, não abre mão de indicar o sucessor. Os emergentes, no entanto, querem mudança.
Christine Lagarde, ministra das Finanças da França, é forte candidata. Com DSK metido em confusões, muda o cenário para as eleições na França: a ultradireita e Sakozy saem fortalecidos. Gordon Brown também quer ser candidato, mas precisaria do apoio do adversário partidário e hoje primeiro-ministro, David Cameron.
Por Miriam Leitão.
Fonte: globo.com
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